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Leila Pereira, presidente do Palmeiras, está ao lado de Rodolfo Landim na questão do Fair Play Financeiro
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Flamengo, Palmeiras e outros clubes montaram, na última segunda-feira (02), uma comissão para discutir a implementação do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro. A presidente do time paulista, Leila Pereira, deu forte declaração sobre o tema, pedindo mais responsabilidades financeiras às diretorias que trabalham na modalidade.
— Eu não vou fazer loucuras. Eu quero entrar aqui na Academia de Futebol (do Palmeiras) de cabeça erguida, sabendo que todos os meus atletas e todos os meus colaboradores recebem em dia salário e imagem. Como é que eu vou cobrar de um atleta se ele está com três ou quatro meses de salário atrasado? Como é que eu vou contratar jogadores se eu não tenho dinheiro para pagar o salário em dia dos meus jogadores? Eu não vou fazer isso — disse Leila Pereira, em entrevista ao jornalista Flávio Prado.
— Aqui no Palmeiras, nós temos essa responsabilidade, mas isso tinha que ser obrigatório porque é injusto o Palmeiras deixar de contratar. Eu não quero deixar de honrar meus compromissos profissionais, enquanto clubes contratam não sei como. Se não paga o salário do jogador, como é que está adquirindo novos atletas? Essa conta não fecha. Tanto não fecha que está cheio de clubes quebrados. Porque senão é fácil: eu torro uma fortuna, saio e largo no colo do próximo presidente. Não, você vai pagar com o seu patrimônio! As leis deveriam ser mais rígidas — acrescentou Leila.
CONTA NÃO FECHA
Apesar de Leila Pereira não citar nomes, as características descritas pela presidente do Palmeiras se ‘encaixam’ com o Corinthians. Afinal, o clube paulista não pagou o Flamengo pela compra de Matheuzinho, por exemplo, mas contratou Memphis Depay, que vai receber mais de R$ 3,5 milhões de salário por mês.
Quem deu declarações recentes contra a comissão dos clubes que defendem o Fair Play Financeiro foi o norte-americano John Textor. O dono da SAF Botafogo negou que tenha descumprido possíveis regras e defendeu o alto investimento no clube que lidera do Campeonato Brasileiro.
— Estamos atuando em conformidade com o Fair Play Financeiro, gastando 45% do nosso orçamento em salários. Estamos investindo nosso capital em ativos, estruturas e contratações de jogadores. Apesar das pessoas estarem ofendidas que o Botafogo repentinamente se tornou forte de novo, somos o clube mais tradicional do Brasil, somos o Glorioso, não fiquem tão surpresos que o Botafogo esteja novamente perto de vocês como times top do país. Botafogo, Santos… Somos o Glorioso. Estamos aqui e não vamos mudar — se defendeu Textor, em entrevista recente.
LANDIM IRONIZOU GASTOS DO BOTAFOGO
O encontro para debater o Fair Play Financeiro, na última segunda-feira (02), contou com a presença de dirigentes de Flamengo, Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco e Palmeiras. Além deles, dois representantes da Série B e um da Série C também estiveram presentes. O debate, afinal, foi provocado após Rodolfo Landim, mandatário rubro-negro, ironizar o Botafogo depois da goleada por 4 a 1 no clássico realizado em agosto.
“Acho que só neste ano eles já investiram 75 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões), ou seja, aproximadamente o número que você apresentou como sendo desde 2021. Isso para um clube que teve um faturamento de R$ 322 milhões no ano passado. Sejam bem-vindos aos tempos de SAF sem Fair Play Financeiro”, escreveu Landim, em um grupo de mensagens com apoiadores.
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